quarta-feira, 26 de março de 2014
Duna, o tempo e o destino
12:06
| Postado por
Unknown
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Starting transmition...
Como seria se tivéssemos o dom da presciência. Seria possível
fazermos algo para modificar o futuro, ou o universo tem em suas mãos uma força
tão poderosa que faz com que nada seja capaz de mudar o curso do tempo? E se
isso for verdade, será que vivemos uma vida pré programada onde todos os
acontecimentos já estão determinados e precisamos apenas seguir um mero
roteiro, o qual, em teoria, nós desconhecemos por completo?
Duna, uma das maiores obras de ficção científica do século XX
e talvez a mais importante do escritor Frank Herbet, conta para nós a história
do príncipe Paul Atreides e sua distopia no planeta Arrakis, sagrando-se líder tribal
e ao mesmo tempo envolvendo-se em uma trama política, envolvendo até mesmo uma
antiga profecia há muito semeada naquele planeta.
Em contato massivo com a especiaria cultivada nesse planeta
(especiaria esta que é moeda de troca em toda a galáxia por seus poderes geriátricos),
Paul desenvolve o poder de prever o futuro e suas mais diversas ramificações,
embora sempre haja um ponto para onde tudo converge: o futuro inexorável.
Através dessa ótica exposta pelo autor fica claro que o
tempo é algo imutável, maior do que qualquer coisa ou atitude nesse universo,
transformando o dom da previsão em algo inútil, quiçá uma maldição,
deixando-nos a par de conhecimentos trágicos, tristes e, pela característica
imutável que é o tempo e, por conseguinte, o destino, imutáveis.
Contudo, se existe essa força, esse poder, essa “coisa”
chamada DESTINO, que transforma nossos atos e nossa vida em algo programado,
que faz do ato de viver em algo sobre o qual não temos poder de atuação sobre
tal, qual o intuito de nossa existência? Seria todo o cosmos uma mera marionete
do acaso?
Não raro é muitas vezes escutarmos pessoas balbuciando por aí
de que nada nesse mundo é por acaso, que tudo já está escrito em um livro
gigante cósmico da vida, o que me leva a crer que não nos resta alternativa a não
ser viver um dia de cada vez. Planejar o amanhã é fundamental, pois ninguém
aqui tem o dom – ou a maldição – de enxergar o que virá pela frente, mas por
que se preocupar com o dia seguinte se o que nos resta é o segundo que estamos
usufruindo nesse exato momento?
Em vias gerais, faz parte do ser humano o questionamento e a
curiosidade de saber como as coisas funcionam, tentar desvendar a lógica da
vida, do universo e tudo mais. E talvez nunca cheguemos a uma resposta
concreta, nem teremos todas as verdades que procuramos. Provavelmente tudo que
foi aqui argumentado não tenha uma resposta até o fim de nossa existência. O que
não nos impede de levantar tal questão fundamental: o que é a vida afinal de
contas?
Ending transmition
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